O radialista e apresentador de TV, Miguel Neto, afirmou, em entrevista ao programa Made In Angola, da Tv Zimbo, que os artistas angolanos são vistos como pedintes, por não terem a sua propriedade intelectual registada e a culpa recai ao governo angolano.
Miguel Neto defende a necessidade de o Estado criar políticas para que cada artista tenha o seu direito autoral registado, pois tendo a sua propriedade intelectual registada, além de arrecadar para o mesmo, arrecada também para o Estado.
Para Miguel Neto, um artista não pode morrer pobre nem estender a mão, considerando assim o artista como um funcionário público, sendo certo de que as suas publicações ajudam a sociedade a relaxar e ter um descanso.
“Um artista não pode morrer pobre nem estender a mão, o artista é um funcionário público e mais público que qualquer funcionário normal, então, este tem a propriedade intelectual registada. Quando você tem direito intelectual registado, em parte nenhuma do mundo, pelo que eu saiba, ou mesmo em África, como na Nigéria e no Congo, isto aconteça”, salientou.
O radialista trouxe exemplos dos músicos Koffi Olomide e Papa Wemba que, segundo o mesmo, nunca tiveram esses problemas, por terem as suas obras registadas, e o facto de a sua música tocar constantemente quer em Rádio, Televisão ou ainda em festas, eles arrecadam sempre dinheiro.
“Estender a mão é feio o Estado é que tem de ter vergonha disso, porque um artista é um elemento que trabalha paralelamente com o Estado”, concluiu.
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